terça-feira, 23 de dezembro de 2008

PROCURANDO INSPIRAÇÃO (OS CONFIRMADOS DA BLOGOSFERA)


Como faz um tempo que não escrevo, resolvi atualizar o blog. Mas o que escrever??? Sempre essa dúvida cruel...

Resolvi escrever um textinho sobre o natal. Ok, sei que não foi um assunto muito original, mas fazer o quê? Escrevi sobre as compras de natal, sobre aquelas pessoas que não trocam mais de meia dúzias de palavras com você o ano todo e agora vem com presentinhos, só para garantir o seu próprio presente também. Os falsos colegas na empresa que passam o ano te dando rasteiras e nessa época vem, na maior cara dura, te abraçar, te desejar um Feliz Natal, boas festas. Mas o texto acabou ficando tão pesado, tão duro que acabei por abortá-lo. Sim, eu faço isso, aborto textos aos milhares, já até escrevi sobre isso: Confere aí se quiseres.

Para não ficar sem o que escrever, resolvi dar uma navegada pelos bons blogs que conheço. Sim, porque para procurar inspiração para escrever tu tens que recorrer aos bons blogs da blogosfera, porque às vezes tu te interessa por um, entra para dar uma espiada e se apavora. Às vezes fico pensando porque o sujeito perde tempo fazendo uma porcaria daquelas. Não que o meu seja ótimo, maravilhoso, mas têm alguns que são medonhos. E, modéstia a parte, os que tenho na minha lista são ótimos. Então é melhor ir direto aos que não tem erro, aqueles que tu sabe que sempre vai encontrar coisa boa.

Foi então que entrei no blog do Rodrigo, e li uma homenagem que ele fez para o marido da sua empregada. Um texto lindo, leve e profundo. E identifiquei muito do personagem com o meu pai, que não cuida muito da sua saúde e dá muita atenção a um cavalo que comprou. Cuida mais do cavalo do que de si mesmo. E todos nós o criticamos. Mas, lendo o texto do Rodrigo, me veio aquele estalo: Mas, e daí? Se é aquilo que lhe faz feliz, por que não apoiá-lo? Ele já teve uma vida tão sofrida, porque não deixa-lo se divertir com o único passatempo que tem, com a coisa que lhe traz mais alegria?

Valeu Rodrigo, muito obrigado. Nesse Natal vou ser mais compreensivo com as pessoas ao meu redor. Não vou apenas criticá-los, mas tentarei entender seus motivos e apóia-los.

Viu como um bom texto num bom blog pode lhe trazer inspirações e até mudar seu jeito de pensar? É só procurar os bons que não tem erro!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CAPITU


Assisto hoje ao primeiro capitulo da mini-série Capitu, inspirado no livro “Dom Casmurro” de Machado de Assis. Aparentemente é um seriado bem feito, tentando ser o mais fiel possível ao livro. É interessante você ver os trechos do seriado e relembrar-se dos trechos do livro que ficam em sua memória e aqueles que voltam à tona.

Mas sempre se que passa uma obra literária para filme têm-se aquele impacto natural de início. Pois, na minha opinião, a grande vantagem e o fascínio do livro, é que nele você é quem cria. Tu és de certa forma um sub-autor, ajuda a compor o livro, pois é você que cria na sua mente os cenários, compõe os personagens. Por mais bem detalhados que eles sejam descritos, e nisso Machado de Assis é mestre, é sempre o leitor que compõe mentalmente a figura do personagem, seus detalhes, suas curvas. Já na TV, por mais bem feito que seja, será sempre uma versão do diretor, seus pontos de vista, e mais ainda o desafio de tornar a obra popular.


Como sempre, os filmes ou mini-séries baseados em livros alavancam as vendas dessas obras. Tomara que isso aconteça com Machado, que os brasileiros redescubram esse gênio, que ler seus títulos torne-se um hábito do brasileiro, que se leia Machado de Assis por hábito, e não por obrigação, como fazem boa parte das pessoas.


Li certa vez, e não me lembro onde, que se deveria ler Machado de Assis no mínimo uma vez por ano, para se revisar, se aperfeiçoar na língua portuguesa. Que assim o seja!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A TRAGÉDIA DE SANTA CATARINA




Em Maio escrevi um post intitulado “A Empáfia do Homem”, onde eu afirmo que o homem se considera o ser superior do universo, acredita poder manipular a vida, recria-la, acredita que sua tecnologia lhe dá o poder de tudo, mas mostra-se uma vítima indefesa e incapaz de controlar a fúria da natureza. E, infelizmente, tivemos mais uma amostra disso, que foi a tragédia de Santa Catarina.
O programa “Profissão Repórter”, liderado pelo excelente Caco Barcelos, têm se destacado como o melhor programa jornalístico da televisão brasileira, na minha opinião, e hoje apresentou mais uma excelente reportagem, triste e emocionante, cobrindo o desastre em Santa Catarina.
É doloroso ver o sofrimento de tanta gente. Milhares de pessoas perderam todos os bens que tinham em suas vidas, perderam tudo! Uma senhora, que apareceu no programa, perdeu os móveis, as roupas, a casa. Mas perdeu coisas mais preciosas ainda, perdeu a família inteira: pais, marido, filhos, netos. Sobreviveram apenas ela e um dos filhos. Imagine a dor dessa senhora, e de tantas famílias em situação semelhante.
Mas esse povo também têm dado uma grande lição de vida a todos nós. Depois da tragédia, levantar a cabeça e seguir em frente, reconstruir suas vidas! Tem se mostrado unido, nesse momento de dor. Bombeiros e voluntários que são verdadeiros heróis. E o povo brasileiro também tem dado um grande exemplo, com milhares e milhares de doações à população catarinense.
Às vezes nós lamentamos, nos queixamos com pequenas coisas que acontece em nossas vidas, e de repente presenciamos os verdadeiros dramas da vida, e percebemos que nossos problemas são tão pequenos, tão insignificantes perto dos problemas de outras pessoas. Me pergunto se eu, nessa situação, teria essa força para reagir, para me levantar e reerguer minha vida. Não sei, só sei que nos momentos mais difíceis é que encontramos força dentro de nós para dar a volta por cima.
Uma das muitas lições que essa tragédia nos deixa é de pararmos de dar tanto valor as coisas materiais, pois elas podem simplesmente ir embora de uma hora para a outra. E darmos valor
para as coisas que realmente importam, que são nossos valores e as pessoas a nossa volta, pois nunca sabemos o momento que elas não estarão mais conosco.


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

OFICINA DE JORNALISMO DO CORREIO DO POVO



Entre abraços, sorrisos, beijos, alguns com lágrimas contidas, encerrou-se a Oficina do Correio do Povo 2008. Durou apenas uma semana, mas foi uma semana extremamente produtiva, que valeu por alguns semestres de faculdade.

Foi uma experiência incrível. O primeiro contato com a profissão, com uma redação, com os profissionais do jornal. Experiência que jamais sairá de nossas mentes. Dias de intensa produção, correria. Cobrir a pauta, entrevistar, colher informações, tirar fotos, diagramar e, o mais terrível para um aspirante a jornalista: cortar, reduzir os textos. Tudo isso sob a supervisão firme de uma grande, experiente e competente profissional: Rosane Frigeri.

Rosane, durante toda a oficina, foi sempre exigente. Sempre tentou extrair o máximo de cada um, mandava voltar à feira para colher mais informações, cortava os textos sem dó! Mas sempre acreditou naquele grupo de alunos que lá estava para aprender. Desde o começo sempre nos tratou como profissionais, como jornalistas de verdade, e não como apenas meros estudantes. Sempre acreditou no nosso potencial, no que poderíamos produzir.

Tão gratificante quanto à experiência adquirida foram as amizades conquistadas. Um grupo de estudantes capacitados, inteligentes e leais. Todos se ajudaram quando foi preciso, mas se divertiram quando possível. Uma turma unida, alegre e com objetivos na vida. Acho que nunca antes eu vi um grupo criar tamanhos laços de afeição e amizade em uma semana. Uma amizade sincera e verdadeira. Uma galera consciente da responsabilidade em produzir matérias de qualidade para um jornal com mais de cem anos de história, que estava lá só pra aprender, sem espaços para inveja ou ciúmes por causa da disposição das matérias. Uma galera simples, humilde, mas ligada no mundo, extremamente capaz e que sabe bem onde querem ir e onde querem chegar.

Agora fica a recordação da Oficina. Mas ficam os amigos, que espero voltem a se reencontrar muitas vezes mais, fica a admiração pela profissional que a Rosane é, e a certeza de que é isso que queremos para nossas vidas: Ser Jornalistas! E a esperança de quem sabe um dia sermos todos colegas de redação.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Recebi este e-mail do meu professor falando (ainda) sobre o caso Eloá/Lindemberg. Muito interessante, vale a pena ler...

Infelizmente não se sabe quem é o autor do texto!

Criando um monstro
O que pode criar um monstro?
O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de
outras duas jovens por... Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da
sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar
na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos,
ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas
inocentes?

O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse
não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não
aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os
programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito
simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem
serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram
muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia
namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir
ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.
Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um
policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com
sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio
planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o
governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que
permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente
em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo
jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na
cabeça.

O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e
professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm
medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às
esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não
conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos
subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E
assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a
sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja
do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente
do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver
alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não
têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas
para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil
ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você
não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai
fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a
madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.
Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não,
essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar
brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para
você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não,
essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai
brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes
NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro
não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram
armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do
carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo
contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um
amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente
entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não.
Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também
responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a
algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com
respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que
cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar
também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito
que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a
solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos
dias.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

QUE JORNALISMO É ESSE ???

Assistimos exaustivamente desde a semana passada o andamento e o desfecho trágico do caso Eloáh / Lindemberg.

Nessa caso podemos ver vários culpados. O seqüestrador e assassino Lindemberg e seu desequilíbrio emocional, a passividade da Polícia, que na minha opinião, foi muito complacente e tolerante com o caso. Acredito que ela poderia ter abreviado esse caso, pois deu muito tempo ao bandido. Sem contar com outros fatos ainda não esclarecidos, como a volta da vítima ao cárcere, entre outros pequenos fatos.

Mas outro culpado nesse caso e que nunca admite seus erros é a imprensa. O sensacionalismo e a luta exacerbada e inconseqüente por audiência, tem tornado o jornalismo brasileiro medíocre e espetacularizado (que torna tudo em espetáculo).

Inicialmente nesse caso a polícia agiu certo ao tentar negociar, tentar resolver tudo pacificamente, mas aí entrou o “jornalismo” e estragou tudo. Segundo os próprios policiais, tudo estava andando para um fim tranqüilo, o seqüestrador estava disposto a libertar as vítimas e se entregar. Mas quando os programas de tv perceberam o nicho de audiência que estava a sua frente e resolveram entrar de cabeça no assunto, dar cobertura total, mudaram o rumo dos fatos.

Passavam o dia inteiro a imagem de um apartamento, mesmo sem movimentação alguma. Anunciaram entrevista exclusiva com o criminoso, prometiam colocá-lo ao vivo em seus programas. Tornaram um ato criminoso num show com ampla cobertura. Chegaram ao extremo ao deixar o telefone de Lindemberg sempre ocupado com ligações de suas produções enquanto os negociadores tentavam em vão ter contato com ele.

O rapaz, que até então estava disposto a terminar tudo pacificamente, ao se ver na televisão, mudou radicalmente suas atitudes. É a chamada “Síndrome de Zé Pequeno”. O cara, cidadão comum e desconhecido, ao se ver centro das atenções, no centro da mídia, tem seu ego transformado e perde a noção da realidade. Sente-se importante, inatingível, quase um super-herói. Acha-se envaidecido, idolatrado, como se fosse um artista. E aí está o pecado da mídia, que fomenta essa idéia de Lindemberg. Programas como “Hoje em Dia” e da Sonia Abraão tentam passar a idéia ao telespectadores, e ao próprio seqüestrador, de que ele não é um criminoso, mas apenas uma vítima da sociedade, das circunstâncias. Uma prova de que estou certo ao afirmar isso são os trechos do primeiro depoimento que a amiga de Eloá dá a policia, dizendo que Lindemberg falava a elas considerar-se “o rei do gueto, o dono do pedaço”.

É a primeira vez que vejo seqüestrador dando entrevistas em pleno ato de seu crime. E, claro, passando-se por vítima, com a concordância dos apresentadores desses programas. È claro que o rapaz, desequilibrado emocionalmente, quis ficar por mais tempo na mídia, no centro das atenções, dando frágeis desculpas para justificar sua demora para tomar uma atitude. Mas por que ele se entregaria, se sabia que ficaria anos preso? Era muito melhor adiar a entrega e curtir mais alguns momentos de celebridade.

E agora vemos esses programas questionando as ações da polícia, listando as falhas da operação. Mas e suas falhas? Eles que glamourizaram o rapaz, não devem retratar-se agora? Será que vale tudo pela audiência? Será que tudo, hoje em dia, tem de tornar-se um espetáculo? Ética, responsabilidade e profissionalismo não valem nada? Já não está na hora de criar-se um conselho de jornalismo, ou para o mesmo, tudo lhe é permitido? Bom, essas são questões para um outro post...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FRASE DA SEMANA


" A VIDA NÃO É MEDIDA PELO

NÚMERO DE VEZES QUE RESPIRASTE,

MAS SIM PELOS MOMENTOS

EM QUE PERDESTE O FÔLEGO

DE FELICIDADE"



terça-feira, 14 de outubro de 2008

PERDI O MEDO DA CHUVA


“Eu perdi o meu medo, meu medo
meu medo da chuva ...
(...) aprendi o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
no mesmo lugar”
(Raul Seixas)

Estou iniciando uma nova fase na minha vida. Andei tomando algumas decisões e atitudes que até pouco tempo atrás não faria. Até pensava em fazer, mas não faria. Por quê? Por ser uma decisão um tanto arriscada, trocando o certo pelo duvidoso. Pensava: “Por que arriscar, se aqui tenho um porto seguro?”. Mas esse porto nem tão seguro assim estava me matando aos poucos, destruindo minha auto-estima, mutilando meu corpo, sugando minha juventude.

Mas eis que então
“Um certo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar...” (Rita Lee)

Estou iniciando uma fase de transição. Me livrando de conceitos há muito tempo enraizados nas entranhas da minha alma. Tenho consciência de que vai ser muito difícil me livrar deles, mas vou conseguir! Talvez algum dia me arrependa dessa decisão, talvez eu acabe quebrando a cara, mas mesmo assim ficarei feliz. Feliz por ter ao menos tentado um outro caminho, tentado um novo rumo, ter tomado o controle da minha vida. Feliz por ter arriscado, por ter tentado e não ficar sempre pensando no que poderia ter acontecido se eu não tivesse medo de arriscar.

Decidi pensar menos e agir mais. Claro que não vou me tornar um inconseqüente, talvez só um pouquinho, que faz tudo por instinto, mas vou pensar duas vezes antes de fazer as coisas, e não um milhão de vezes, como acontece hoje em dia, e deixando muitas vezes as oportunidades passarem por mim.


"Não passam de traidoras nossas dúvidas,
que às vezes nos privam do que seria nosso
se não tivéssemos receio de tentar."
(William Shakespeare)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

POESIA É FUNDAMENTAL [ 2 ]

Olá amigos!

Finalmente resolvi meus problemas de conexão com a internet, esse semana espero já postar coisas novas.

E para não passar em branco, posto um pensamento de Fernando Pessoa!


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "

Fernando Pessoa

domingo, 21 de setembro de 2008

AVISO

Amigos

Venho informar-lhes que não tenho atualizado o blog porque estou com problemas de conexão a internet! Mas espero resolver este problema essa semana mesmo e voltar a postar logo !

A quem esparava algum texto, peço desculpas!

Em breve prometo algumas mudanças !!!

Abraço a todos.

sábado, 30 de agosto de 2008

SALDO OLIMPICO BRASILEIRO (OLIMPÍADAS NO BRASIL ?)

Terminada a olimpíada analisa-se o saldo de medalhas do Brasil: Tivemos menos medalhas do que quatro anos atrás, em Atenas.

Imprensa, povo (condicionado pela mídia?), até o próprio presidente Lula critica a participação dos brasileiros nos jogos. Mas será mesmo que a culpa de escassez de medalhas dos atletas tupiniquins são somente deles?

Analisemos: Tirando as grandes estrelas olímpicas do país, que não são lá muitas, qual deles tem verdadeiro apoio financeiro, patrocínio? E falo nesse apoio durante os quatro anos de preparação para os jogos, não aquelas empresas que em véspera de Olimpíadas patrocinam atletas só para estamparem seus comerciais. Poucos, pouquíssimos atletas. O próprio Cielo, nosso aclamado medalhista, vive e treina nos Estados Unidos. O que nos remete a uma outra questão: Existe centros de treinamento qualificados no Brasil? Ou eles tem que treinar em locais completamente aquém do desejado? O governo investe nisso? Bom, então o Lula não pode falar nada!

A imprensa cobre os eventos esportivos? Por exemplo, você sabe quem é o campeão brasileiro de vela? O melhor time de futebol feminino do Brasil? Onde e quando foi realizado o último toneio de judô, taekwondo ou de Ginástica Olímpica? Ou quem eram os representantes brasileiros no tiro ao alvo, levantamento de peso ou esgrima? Não, no Brasil só se fala nestes esportes quando algum eventual atleta torna-se um campeão mundial da modalidade ou em véspera de Pan ou Olimpíada! Na mídia brasilera só se fala em futebol, futebol e futebol. Ah, e só masculino, ainda por cima! Então, os meios de comunicação não podem falar nada!

E o povo? Ah, o povo brasileiro... que tanto torce pelos país nas olimpíadas! Um exemplo de nacionalidade! Um povo que prestigia o basquete nacional, o handebol, o atletismo, o ciclismo! E depois exige que esses atletas tragam medalhas ao país, e se esse mesmo atleta não trouxer a bendita medalha, corre o risco de ser taxado como amarelão, como fracassado! Então, o povo também não pode falar nada!

Mas querem trazer a Olimpíada de 2016 para o Rio! Dizem que aí sim, o Brasil vai investir pesado no esporte, em instalações, em patrocínios. E que jogando em casa, talvez os brasileiros possam ganhar mais medalhas e quem sabe até tornar-se uma potência Olímpica! Pura balela! Pura hipocrisia!

Essa Olimpíada no Rio servira apenas para os políticos desviarem mais dinheiros das obras, como já foi feito no Pan! E servirá apenas para maquiar uma imagem de país que investe em esporte e educação, assim como a China maquiou uma imagem de país livre e democrático!

As grandes potências esportivas investem nos atletas desde pequenos, desde crianças. Formar um atleta campeão é um investimento a longo prazo, não se forma um esportista da noite para o dia. Eles moldam o atleta! Dão suporte para ele estudar e treinar e ter uma condição de vida digna. Nos EUA, por exemplo, os atletas quase todos os atletas são patrocinados, na sua base, por faculdades, onde eles podem treinar e estudar para ter uma vida tranqüila, mesmo que não se torne uma estrela olímpica. O que está muito longe de acontecer com o Brasil! Mas esperar o quê, de um país que não investe nem em saúde e tampouco em educação!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

QUEM É MAIS VITORIOSO ?


Muito interessante a reportagem do repórter Pedro Bassan no Jornal Nacional do dia 13/08. Ele fala sobre o judoca brasileiro Eduardo Santos nas Olimpíadas de Pequim.

Não, o brasileiro não ganhou medalha nenhuma. Tampouco era uma das esperanças do Brasil, não passava de um mero desconhecido até então. Lutador de judô, ele foi derrotado nas semifinais e perdeu a oportunidade de lutar pelo ouro ou prata. Sobrou a medalha de bronze para disputar. A luta, muito equilibrada foi para o “golden score”, a prorrogação do judô. Após novo empate, os juízes ficaram encarregados de escolher quem seria o vencedor e conseqüentemente levaria a medalha. Eles, apesar do brasileiro sempre ter tomado a iniciativa durante o combate, decidiram pela vitória do suíço. Eduardo foi nocauteado pela emoção e desabou em lágrimas.

Antes de enfrentar os microfones, um instante sozinho. O que dizer? “Não sei o que dizer. Gostaria de falar para o meu pai e para a minha mãe que fiz o melhor que pude, mas não deu. Tentei o máximo que pude. Não tive competência para jogar meu adversário”, conta. Mas Eduardo é persistente. Vai tentar tudo de novo. “Vou treinar e vou ganhar, espero que minha família também tenha gostado. Isso já me deixa feliz”.

No mesmo dia Michael Phelps tornou-se o maior medalhista olímpico da história. Só em Pequim conquistou 8 medalhas douradas, somando doze com as da Grécia.

E aí que Pedro Bassan foi feliz, ao ter a sensibilidade de fazer uma reflexão sábia e perspicaz, comparando a trajetória dos dois esportistas.

Phelps nasceu em uma família rica. É indiscutível sua genialidade, não é a toa que é o maior esportista da história, mas a vida sempre foi generosa com ele. Sempre teve excelentes treinadores, as melhores piscinas a disposição, os melhores equipamentos. Já Eduardo sempre foi um lutador, dentro e fora dos tatamis. De família pobre, humilde, nunca teve recursos para treinar, tampouco um patrocínio. Mas não escolheu o caminho mais fácil da criminalidade, que muitos de seus amigos seguiram, ele escolheu ser um atleta. Aos 14 anos passou para a faixa marrom, e só dez anos depois conseguiu dinheiro para passar a faixa preta. Conquistou sua vaga para as olimpíadas no final do ano passado, mas só pode viajar a China porque a federação Paulista o isentou de uma taxa de R$1,5 mil.

Bassan, então, encerra a reportagem questionando: Onze medalhas de ouro em Olimpíadas: este é Michael Phelps. Nenhuma medalha: este é Eduardo Santos. Quem é mais vitorioso? A resposta não é tão simples assim. Há mais vencedores do que podemos imaginar.

E é a mais pura verdade. Nem só de medalhas e recordes é feito uma olimpíada, mas também de histórias de vida e vitórias pessoais. Nessa reportagem, Bassan consegue derrubar aquela idéia que a mídia passa de que só o que importa são as vitórias, as medalhas. E quem não alcança o triunfo não passa de um fracassado.

Mesmo as grandes estrelas e recordistas mundiais tiveram um inicio árduo, que dizer então dos atletas mais humildes, que não tem o mínimo incentivo, ou de países pobres, ou em guerras. Quem acompanhou a luta dos três ou quatro iraquianos para ter direito de participar dos jogos certamente se comoveu. Conquistaram por méritos os índices olímpicos, mas por problemas administrativos de seu país quase não puderam ir à China. As dificuldades por que cada atleta, independente de país, teve de passar para conseguir chegar lá já os tornam vencedores. Tudo o que tiveram de abdicar, horas e horas de exaustivos treinamentos, esforços e pressões psicológicas. Mesmo que seja só para competir, que não tenham a mínima chance de medalhas, cada atleta desses é um campeão.
Ressaltando a máxima esportiva "O importante é competir!"

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

COBRE-SE MENOS


Venho mais uma vez pedir desculpas aos amigos que lêem este humilde blog pela demora para escrever. O problema dessa vez foi de conexão, estava há duas semanas sem conseguir conectar-me a internet. Mas espero que este problema não volte a se repetir.

Como tinha dito no último post, mês passado eu estava de férias. Dias desses estava eu vendo uma lista de coisas que eu queria fazer nessas férias, e dei-me conta de que fiz bem poucas coisas que queria ter feito. Logo fiquei triste, me cobrei por isso (me cobro muito, sou extremamente rigoroso comigo mesmo).

Mas depois de ter-me decepcionado comigo mais uma vez, comecei a refletir: “Ah, mas que mal há nisso, estava de férias mesmo!”. Tudo bem que não fiz boa parte das coisas que tinha a fazer, não li todos os livros que queria, não visitei todas as pessoas que desejava... mas e daí? Eu estava de férias! Não fiz o que tinha me proposto fazer, mas também fiz outras coisas, descansei bastante, curti mais meus pais, meus afilhados.

Defendo a idéia, e já escrevi aqui no blog, que sou favorável a se fazer uma lista de metas & objetivos na vida e correr atrás deles, mas as vezes também é bom dar uma parada, uma descansada, rever conceitos e metas.

Temos que perder aquela idéia que nos vendem de termos de estar sempre correndo, sempre produzindo algo, e darmos um tempo para não fazermos nada, e não nos cobrarmos nem criticarmos por isso. Claro que não estou defendendo a idéia de “não fazer nada nunca”, pelo contrário, mas vez em quando é bom dar uma relaxada, parar um pouco com a correria do dia-a-dia, cobrar-se menos e curtir as pequenas coisas a sua volta.

Por isso, reserve-se um tempo para o “não fazer nada”, ficar “na boa”. Aproveite o seu ócio, ainda mais se este for iluminado!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

SALADA MISTA



Depois de quase um mês sem dar as caras neste blog volto a postar!
Estava de férias da empresa, da faculdade, da internet e até de mim mesmo. Quase não consegui viajar, o que é chato, mas o lado bom é que sobra um tempo para tentar mudar alguns velhos hábitos, traçar rumos, mudar conceitos.

No último post que escrevi disse que falaria sobre as mulheres frutas, pois bem, aqui estou para cumprir minha promessa.

No meu último texto falei que recém tinha descoberto a mulher (garota?) melancia e já aparecia a mulher-jaca. Pois nessas minhas férias descobri que além das duas também já existem as mulheres moranguinho, melão e sei lá mais o que!

Quanto ao surgimento e sucesso meteórico dessas mulheres não há muito o que comentar, fazer o que né? Só porque tem um avantajado quadril e/ou seios (mesmo que alguns artificialmente) são expostas como símbolos sexuais brasileiros. Mas vamos falar sério: Nenhuma delas são bonitas. São apenas bundas e peitos rebolando. Mas o pior é quando abrem a boca, pois mal sabem se expressar e só falam baboseiras. Isso quando não ficam uma detonando as outras.


Será que é esse o retrato da mulher brasileira? Uma bunda e um peito siliconado ambulante e uma vulgaridade escrachada? Uma mulher que não se valoriza, não pensa, só rebola e mostra seus "dotes"?Não, claro que não! Mas é o que a mídia vende e os homens acatam. E o pior são as próprias mulheres que tentam copiá-las!

Bem, o que eu poderia dizer a elas (se as mesmas quisessem me ouvir) é que aproveitem essa fama repentina, mas invistam essa grana com inteligência. Senão o tempo passa, acaba essa febre das mulheres-frutas (alguém dúvida de que isso seja só uma febre?), as frutas passam do ponto e caem no esquecimento. E se isso acontecer elas correm o risco de terem o mesmo destino que as pioneiras símbolos sexuais brasileiras de quadril avantajado, como Rita Cadillac e Greetchem tiveram: Senhoras atrizes de filmes pornôs.

O sucesso é passageiro, por isso aproveitem bem enquanto ele não vai embora!

domingo, 29 de junho de 2008

SER FELIZ





Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros...

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um " não ". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer " eu te amo".

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos invernos seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.

E descobrirá que...

Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.


Autor desconhecido


sábado, 28 de junho de 2008

PENSAMENTO

Para não me acusarem de não ter escrito nada essa semana, lhes deixo um pensamento do genial Charles Chaplin:




"Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna.


Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante.Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos.


O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos."


Charles Chaplin


sexta-feira, 20 de junho de 2008

ASSUNTOS PENDENTES

A persistência da Memória - Salvador Dali
Assuntos Pendentes

Mais uma vez estou há um bom tempo sem escrever, por absoluta falta de tempo, e de organização também. Mas já escrevi sobre isso né? Bom, nesta semana alguns assuntos me chamaram a atenção em especial, e não podendo comentar a fundo todos eles, farei breves, mas nem tão breves, comentários a respeito.

YEDA CRISIS (Péssimo Trocadilho!)
O governo Yeda Crusius aumenta a cada dia sua crise. Denúncias por todos os lados, como a compra de uma casa (mansão) usando recursos públicos ou de que ela sabia dos esquemas de corrupção e nada fez sobre isso despontam diariamente. E ela, numa prova de que está desorientada e confusa, começa a atirar para todos os lados, jogando a culpa em terceiros, acusando políticos de complô e até mesmo de perseguição, numa tentativa de desviar a atenção do foco principal, que são os desvios de dinheiro na sua administração. É um sinal claro da instabilidade da governadora e de que ela está perdendo o controle e o rumo de seu governo.

EUROCOPA 2008
Estamos vendo uma grande Eurocopa. Muitas seleções parecem estar abandonando aquele sistema clássico do futebol europeu, defensivo, de muitos toques laterais e retrancado, e partindo para um futebol mais ofensivo e, conseqüentemente, mais vistoso. Essa edição da Eurocopa está muito mais interessante do que a anterior, onde a campeã foi a seleção da Grécia, jogando um futebol feio, retrancado e dependente de gols vindos de bolas paradas e aéreas. Sofrível de se assistir. Mas neste ano a Grécia já saiu logo na primeira fase.
Treinadores de clubes campeões este ano, como o Manchester United e o Zenit, que jogam um futebol pra frente e bonito, parecem estar influenciando os treinadores de muitas seleções. O grande exemplo é a Holanda, que está jogando um futebol veloz, de toques rápidos e muita movimentação, muito bonito de se ver e que até o momento vem dando bons resultados, como as expressivas vitórias sobre grandes seleções ( 3x0 na Itália e 4x1 na França ). Não sei se continuará com esse futebol, ou se será campeã, mas pelo que mostrou até o momento está merecendo esse título.

SALADA MISTA
Como tenho andado um tempo ocupado não tenho visto muita televisão (felizmente!). Mas me impressiono como aumenta a cada dia as mulheres frutas! Recém fui descobrir quem era a tal Mulher Melancia, e já surgem mulheres moranguinho, melão e sei lá mais o quê! Meu próximo post vai ser sobre esse tema, pode cobrar!

CASO ISABELLA II
Com a grande popularidade e níveis de audiência que o Caso Isabella gerou, os meios de comunicação o exibiram até a exaustão. Mas chegou um ponto em que não havia mais nada de novo para mostrar. Até tentou-se um ressurgimento do assunto quando novos peritos foram contratados pela família, mas não vingou. Com esse esfriamento do Caso, caiu o ibope dos telejornais, a Sonia Abrão e o Datena ficaram sem assuntos. Alguma coisa precisava ser feita. Mas o quê? Encontrar um novo assunto que gerasse tanta polêmica? Mas que assunto seria? Muitos foram tentados, mas nenhum vingou. A solução então? Investir em mais do mesmo! Sendo assim, surge um novo caso de morte infantil onde os acusados são os pais. O tema ainda não estourou, mas a Sônia, e boa parte da mídia, está investindo nele.

SELEÇÃO BRASILEIRA
A Seleção não está num bom momento. Mas até que demorou para a crise vir visitar o técnico Dunga. Investindo há um bom tempo num time com nomes como Maicon, Josué, Mineiro, Doni, Elano, entre outros médios jogadores, era óbvio que esse time não teria grande sucesso. Até teve, como a vitória da Copa América, mas não duraria muito. Esses jogadores tem muita vontade, correm muito, mas o futebol brasileiro é mais do que isso. Nosso treinador tem que entender que uma Seleção Brasileira não é feita só de Dungas (esforçados, guerreiros), é preciso alguns Romários para fazer acontecer!
HISTÓRIAS DO COTIDIANO
Como vocês sabem tenho um outro blog, só de contos. E, à pedido de alguns amigos, para facilitar o acesso, ,mudei o endereço dele. Agora é:

quarta-feira, 11 de junho de 2008

DESORGANIZAÇÃO ( O Busatto e a minha falta de tempo)


Já faz um tempo que não escrevo. Épocas de prova, trabalhos, mas a culpa mesmo é da minha desorganização. Sempre deixo para estudar, fazer trabalhos sempre na última hora, e com esse friozinho, quem resiste a uma “lagarteada” e um chimarrãozinho ?

Mas a culpa é, também, do Busatto! Sim, é verdade, a culpa de eu não ter escrito nada essa semana é do Busatto. Não se preocupe que ele não me ligou e não me ofereceu nada, nenhum cargo, nem uma contribuição “espontânea” para partidos e financiamentos de campanhas, nada.

Acontece que, como muitos sabem, tenho uma rotina meio diferente em relação a horários, pois trabalho a noite. Sendo assim durmo um pedaço da tarde, tenho aula à noite e depois vou para o meu trabalho. Chego em casa umas 7 horas da manhã, mais ou menos. Pois bem, nesse horário que chego, me programo para dar uma arrumada na casa, ler um pouco e escrever. Mas nesse mesmo horário passa os noticiários Bom Dia Rio Grande, da Rbs e o Rio Grande no Ar, da Record. Pois bem, quando me sento para pensar no que escrever, eis que os telejornais anunciam as notícias relacionadas aos escândalos de fraude do Detran, gravações telefônicas e afins.

Me obrigo a sentar em frente a Tv, assistir as reportagens e ficar estupefato com o que vejo! Busatto, o ex-chefe da Casa Civil, vêm com um discurso quilométrico e vazio, claramente escrito por terceiros, com desculpas esfarrapadas, subestimando a inteligência de um estado inteiro e ainda querendo fazer-se de ofendido com as perguntas, fazendo-se de vítima de uma cilada política. Beira a canalhice seus atos, atitudes e até ofensas aos deputados na CPI do Detran. Fico perplexo com a cara-de-pau dele, afirmando que no trecho da ligação em que ele diz que os órgãos públicos são grandes financiadores de campanhas, ele, na verdade, quis dizer que as pessoas que assumem cargos nessas instituições ficam tão satisfeitos que doam dinheiro próprio para os partidos. Ah, faça-me o favor, né!

Outra dele: “Quando eu disse ao vice-governador que ele tem um preço, eu quis dizer que ele tem um preço político, com alguns cargos que seu partido receberia.” Elaborou um texto tão grande, tão técnico. Poderia ter feito um texto menor, mas com “desculpas” mais bem elaboradas.

Mas temo que, mais uma vez, tudo acabe em pizza, pois daqui alguns meses teremos eleições, e muitos desses deputados e seus partidos, que hoje degladiam-se entre si, que fazem longos discursos claramente eleitoreiros, para aparecer um pouco na mídia, estarão ligados, unidos em torno de disputas de prefeituras.

E o que mais me preocupa, e me deixa triste, é que as pessoas já estão até começando a achar isso normal. “Lá em cima os escândalos são freqüentes, já estava até demorando para chegar aqui!”, me disse alguém. É chocante e triste essa acomodação e submissão do povo brasileiro.

Mas não vou fugir das minhas responsabilidades de não atualizar o blog e passar a culpa para ele por passar o tempo que deveria estar escrevendo, para ver suas reportagens. Fazendo isso, dando desculpas esfarrapadas e fazendo-me de vítima, estarei agindo como o Busatto. Então, não nego minha culpa e até cito o meu crime: A minha falta de tempo causada pela minha desorganização.

sábado, 31 de maio de 2008

MANTENHA-SE FIEL AOS SEUS SONHOS ( TROQUE O CERTO PELO DUVIDOSO )




O setor que eu trabalho dentro da empresa fechou. Apesar de ser o setor que mais vendia, era o que tinha menor lucro com a venda de produtos, e como a empresa é uma multinacional americana, eles só querem lucro$$$$.

Eu não fui demitido, fui transferido para outro setor. Do meu turno, turno da noite, somente eu e mais um colega ficamos na empresa, os outros 28 colegas de setor foram demitidos!

Muita gente boa foi embora. Muitos colegas, muitos deles mais qualificados e mais competentes que eu foram demitidos. Então porque eu fiquei ? Não foi por puxa-saquismo, pode ter certeza. Fiquei por ter experiência em alguns equipamentos, escolaridade, sorte de ter uma oportunidade em outra planta, e alguns outros fatores.

Penso nas pessoas que deixaram a empresa e os porquês. Os mais velhos de empresa ( ou mais experientes) todos se acomodaram. Estavam há 10, 15 anos dentro da empresa e acreditavam na estabilidade que a empresa sempre teve, até então. Nunca se qualificaram, não estudaram além do ensino médio ( a maioria até cursou o ensino médio, os que ainda não tinham, mas por exigência da empresa), mas nunca fizeram um curso, NADA ! Acreditavam que iriam se aposentar dentro da empresa, e estavam satisfeitos com seus cargos e salários. E os mais novos, a gurizada? Alguns até estudaram, mas poucos, muito poucos. Lembro que muitos gozavam de mim, que fiz um curso técnico e depois fazendo faculdade. Muitos diziam ser perda de tempo, de dinheiro. Preferiram investir em outras coisas, nunca em educação. Várias vezes insisti para eles estudarem, se qualificarem, mas nunca tinham tempo ou dinheiro, sempre deixavam para o próximo ano para começarem a estudar. Sempre com o pensamento de que a empresa teria longos anos de duração. E agora, que a planta fechou, todos olham pra trás e se arrependem dos seus atos, e agora me dão razão.

Vendo um amigo que trabalhava comigo nessa situação, acabei por dar razão a uma atitude que tomei ano passado. Eu fiz curso técnico de química, e comecei a fazer faculdade de Química, mas nunca foi o que gostei. Sempre o fiz pelas facilidades: Poderia crescer dentro da empresa nessa área, a empresa ajudava a pagar, etc., mas sempre pensando num futuro dentro da empresa. Mas como esse curso não me fazia feliz, resolvi arriscar e trocar pelo que gosto, que é jornalismo. Me via daqui alguns anos, trabalhando na empresa, formado em Química, mas frustrado por não ter feito o que sempre gostei, trabalhando num emprego que não me faz feliz. Troquei o certo pelo duvidoso, como todos me disseram. Já o meu amigo não quis arriscar. Ele sempre gostou de direito, era seu sonho, mas pela comodidade preferiu ficar cursando Engenharia de Alimentos. Não gosta do curso, mas pensando em ficar sempre na empresa, em crescer dentro dela, seguiu com seu curso. Não o condeno por isso, mas ontem quando o setor fechava, pensei no que ele deveria sentir naquele momento: “Abandonei meus sonhos pela acomodação, pelas facilidades de crescimento que poderia ter dentro da empresa. Não quis arriscar, e agora?”.

Ele já passou da metade do curso, faltam uns dois semestres para se formar. Pode voltar atrás, recomeçar e investir nos seus sonhos, ou não. Não sei o que ele pensa em fazer. Mas nesse momento me alegro por ter ido contra a corrente, de ter insistido com meu sonho apesar de todas as dificuldades que tenho.

Por isso, se estiveres em dúvida pense sempre nisso. Troque o certo pelo duvidoso, não se acomode, não se guie pelas facilidades. Se você trabalha em outra área que não é a que gosta, lembre-se que esse emprego não é eterno. Invista em você e acredite sempre em seus sonhos, mesmo que todos o critiquem, o chamem de louco. Arrisque, lute, tente. No final você vai ver que manter-se fiel aos seus sonhos é sempre o melhor caminho !

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A EMPÁFIA DO HOMEM


Seria engraçada, não fosse triste, tamanha empáfia do ser - humano.

O homem se considera o ser mais inteligente do universo. Acredita que tem poderes sobrenaturais, acredita que suas invenções e tecnologias são geniais, se considera um Deus, pensando que pode criar e recriar a vida.


Mas a natureza, a linda, bela e magnífica natureza mostra o tamanho da estupidez humana. Como comentei, o homem acredita poder manipular a vida, criar e recriar espécies, tem grandes invenções. Acredita, ingenuamente, ter poderes sobre os céus e a terra, a água e o fogo, o que revela-se um ledo engano, pois mostra-se incapaz de segurar a fúria da natureza. E cada vez mais freqüentemente temos provas disso.

Vemos notícias de furacões, tsunamis, tornados, enchentes, queimadas e terremotos, e o pobre homem é uma frágil vítima desses efeitos da natureza, tendo milhões e milhões de vítimas a cada novo evento.


A natureza parece querer dizer ao homem “Homem tolo, Recolhe-te a tua insignificância!”. E o homem, soberbo, não ouve os recados da natureza, e apenas chora seus mortos. Mas mantém sua arrogância, e continua a ferir a natureza, sem perceber que as conseqüências serão cada vez mais cruéis. Você pode argumentar que terremotos e tsunamis são efeitos naturais e nada têm a ver com a destruição da natureza, e eu lhe dou razão. Mas o tema principal deste post é a incapacidade do homem de conter desastres naturais.

Recentemente um terremoto acabou com parte da China e Mianmar. A cada dia os números de vítimas são cada vez maiores. Já estima-se aproximadamente 100 mil mortos na China. Repito: 100 mil mortos! Aqui no Brasil as pessoas parecem não ter uma noção exata da quantidade de gente vítima de mais esse efeito da natureza, mas é alarmante! No Brasil mesmo, especialmente aqui na região sul, os ciclones, que antes nunca tinham acontecido por estas bandas, tem sido cada vez mais freqüentes, e sempre arrasadores.


Com toda sua tecnologia de ponta, tudo o que os cientistas conseguem, e as vezes, nem sempre, é detectar a aproximação de tornados ou furacões, mas conte-los ou impedi-los, parece ser impossível. Nenhuma tecnologia tem esse poder.

Pobre homem, gaba-se de suas invenções, suas tecnologias, mas é um inocente refém indefeso perante a fúria da natureza.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

FUTEBOL E COMENTARISTAS DE INTERNET




Assisti ontem a final da Copa Uefa, vencida, merecidamente, pelo bom e surpreendente time do Zenit.


Não se assuste se você nunca ouviu falar nesse time. Ele é um time russo, de São Petersburgo e, até então, desconhecido do cenário do futebol mundial. Mas, provavelmente em pouco tempo você vai ouvir falar nele, talvez de bem ou talvez de mal.

Explico: Talvez você ouça falar de bem porque o time joga um futebol muito bonito, vistoso, de encher os olhos daqueles que gostam de um futebol técnico e bem jogado. Jogam rápido, toques de primeira, e sempre no ataque. Não ficam segurando o jogo, tocando a bola de lado. Jogam pra cima, ofensiva e objetivamente. E, mesmo sem grandes estrelas, já tiveram resultados expressivos na Europa, como o já mencionado título da Uefa e vitórias expressivas sobre dois grandes clubes Alemães: Venceu o Bayer Leverkusen por 4x1, em plena Alemanha, e uma goleada de 4x0 sobre o poderoso Bayer de Munique.

Esse time tem tudo para ser um dos grandes da Europa. Se a sua diretoria mantiver a base, o excelente técnico e com mais alguns reforços, o desconhecido Zenit pode tornar-se, em pouco tempo, um novo Ajax, que foi uma sensação européia em meados da década de 90, e que revelou grandes jogadores ao mundo.

Mas também você pode ouvir falar mal desse time, e com toda razão. Pois ele é acusado, e seu treinador confirma isso, de ser um clube racista. Isso mesmo, em pleno século XXI existe um clube de futebol racista! Acredite! É um absurdo! Deveria receber uma punição da FIFA. Racismo é uma atitude abominável. É preconceito, burrice, estupidez.




Mas o outro assunto que eu quero tratar é sobre o narrador e a comentarista dessa partida tranmitida pela Record. Não lembro os nomes deles, adoro a narração do cara, e a comentarista, uma mulher, não é má, entende bem de futebol e vê com clareza o jogo. Mas o fato é que são profissionais mal qualificados, que não se empenham no seu trabalho.

O motivo dessa minha afirmação são as seguintes: O narrador deve ter recebido a ficha do jogo e nem sequer pesquisou informações sobre ele. Acabou cometendo uma grande gafe. O jogo foi realizado na cidade de Manchester, Inglaterra. Só que na cidade existem dois clubes de futebol, o Manchester City e o Manchester United. E jogo foi realizado no estádio do City, mas o pobre narrador passou o jogo inteiro dizendo que era no estádio do United. Não sou lá um grande conhecedor de futebol Europeu, apenas admiro. Mas logo que as equipes entraram em campo já pude perceber que o estádio era do City, pela arquitetura e pelas cores predominantes ( O city é azul e o United vermelho). Pensei que ele tinha se enganado, tudo bem, acontece. Mas durante a transmissão ele citou o nome do estádio ( City of Manchester Stadium) como sendo do United, que se chama Old Trafford, que é todo vermelho e branco e muito maior do que o estádio do rival ( 76 mil lugares contra 48 mil do outro). Pensei que um profissional desse nível não cometeria um erro desses, e que eu deveria ter me enganado, então fui pesquisar. Resultado: Minha observação estava correta!

Já a comentarista, que também não se deu ao trabalho de dar uma "leve"pesquisada sobre o desconhecido time russo, passou a partida inteira fazendo comentários sobre o racismo do clube, pois só conhecia dele a fama e dois jogadores, o craque e o "pulmão" do time. E sobre os Rangers, adversário da final, não sabia nem quem eram os principais jogadores, apenas os desfalques do time, que deve ter lido em algum site da internet.

Você pode considerar esses erros como pequenos ou relevantes, mas bons jornalistas devem estar sempre bem informados, atualizados e com informações precisas. Profissionais do gabarito deles, trabalhando numa das maiores redes de Tv do Brasil, não podem cometer erros infantis como esses.

Fazer o quê? Se continuarmos com profissionais desse nível na nossa imprensa, vou ter meu emprego garantido.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

OS POPULARES DO ORKUT (APENAS UM DOS MEUS DEFEITOS)

Você tem Orkut? Quantos amigos você possui? Desses amigos, quantos você conhece pessoalmente? E dos que você conhece, com quantos tem contato atualmente?


Um, dentre os milhares de defeitos que tenho, é de jamais estar satisfeito com o que escrevo, nunca gosto dos meus textos. O que isso tem a ver com o começo do texto? Espere que você vai logo ver. Como eu ia dizendo, antes de você me interromper, eu tenho esse hábito de escrever, não gostar, e trancafiar os textos pelos porões sombrios de pastas que raramente volto a abrir. Faço isso com o intuito de tentar melhorá-los, salvá-los da mediocridade. Mas acabo esquecendo dos miseráveis. E quando quero falar sobre o mesmo assunto, geralmente faço um texto novo. Para se ter uma idéia, de cada texto postado, pelo menos uns quatro ou cinco são sacrificados.

Mas às vezes acontece o acaso de eu me deparar com discussões, notícias, ou seja lá o que for, mas o tema do texto abortado surge na mídia. Textos atemporais, claro que se eu falar sobre o caso Isabella ou o Ronaldinho e os Travecos, esse tema vai estar exaustivamente na mídia. Falo sobre temas corriqueiros, opinativos. Um exemplo é um texto que escrevi sobre o humor brasileiro. Nele digo que Chico Anysio é o maior humorista do Brasil, e meses depois vêm a turma do Pânico na Tv dizendo a mesma coisa. E outra coincidência é o texto que escrevi, aprisionei e me deparo com o mesmo tema nas chamadas do Yahoo.

Pois bem, o assunto da chamada e do meu texto era sobre os amigos do Orkut, intitulada no meu texto como “Os populares do Orkut” e no Yahoo como “Mil Contatos, Zero Abraços”.
Os textos, apesar da semelhança dos assuntos, são bem diferentes. No meu, eu digo que sempre duvidei das pessoas com milhares de amigos no site.

Quando vejo os populares do orkut, que tem várias centenas de nomes em sua lista de amizades, fico na dúvida: Será que ele (a) é tão popular fora do computador? Se for alguém famoso, tudo bem, passa, mas todos os populares que conheço são pessoas que passam horas e horas, finais de semana inteiros na frente do pc. São pessoas quietas, tímidas, introvertidas, que talvez sonhassem em ser populares na sua empresa, na faculdade, no bairro, mas que só através do orkut conseguem essa popularidade almejada. Mas será que eles estão errados? Não sei, não me cabe nem me interessa julgar, mas só me preocupo que essas pessoas acabam deixando de viver, aproveitar suas horas de folga, seus momentos de lazer para provar que são populares, que tem centenas de amigos, mas, todos virtuais. E que tratamento você está dando aos seus amigos reais, aqueles que te conhecem de verdade, que se preocupam com você, que te querem bem? As vezes devemos refletir se não estamos dando mais atenção aos amigos virtuais do que os reais. E se você pode, tem a oportunidade, porque ao invés de mandar uma mensagem desejando um bom fim-de-semana virtual não liga para seu amigo e diz isso para ele? Garanto que vai funcionar muito mais.

As vezes a tecnologia acaba facilitando tanto nossas vidas que trocamos atos carinhosos por meras mensagens virtuais. Vamos aumentar o diâmetro do nosso círculo de amigos, mas na vida real, no dia-a-dia, e não somente no virtual.

Não troque o real pelo virtual. Não fique só com os abraços dos scrapts, mas abrace seus amigos de carne e osso. Conheça alguns dos virtuais. Não deixe a vida passar a toa, não troque emoções por emoticons. Não fique apenas vendo suas fotos nos seus álbuns, mas esteja lá com eles, ria junto com eles, abrace-os, sinta sua pele, olhe nos seus olhos, ouça sua voz. Você vai ver que o real é infinitamente melhor que o virtual.


quinta-feira, 1 de maio de 2008

AVISO AOS NAVEGANTES

Aqueles que gostam de ler meu blog, ou mesmo os que o lêem só para eu parar de charopiar com meus e-mail’s devem ter percebido que diminui drasticamente o número de postagens. Pois isso tem um motivo: Infelizmente alguns dias atrás meu pai sofreu um enfarto, e está baixado no hospital. Então ultimamente tenho tido uma nova rotina que é: trabalho-hospital-faculdade-trabalho. Não preciso dizer, já dizendo, que isso tem tomado uma boa parcela do meu tempo. Além disso estamos em épocas de provas, o que é um empecilho a mais.

Acompanhando meu pai, pelo menos sobrou-me um bom tempo para pensar nas coisas da vida. Falar sobre a fragilidade da vida é chover no molhado, mas acompanhando a rotina de um hospital não há como fugir desse pensamento. Nunca freqüentei muito hospitais. Para se ter uma idéia a última vez que fiquei mais de seis horas dentro de um foi há dez anos atrás, acompanhando minha avó. Talvez por isso eu vejo cenas que sabemos que é freqüente nos hospitais brasileiros como se fosse uma coisa inédita. Super lotação e, conseqüentemente, falta de leitos, profissionais mal remunerados, instalações deficientes. Vejo essas cenas e lembro do nosso Excelentíssimo Senhor Presidente da República dizendo: “A saúde pública no Brasil é quase perfeita!”. Peraí, que hospital público ele entrou para falar isso??? Mas esse não é o tema da crônica, vamos esquecer as coisas ruins, como o SUS e o Lula. Quero falar sobre a fragilidade da vida.

No caminho da entrada até o quarto, que demorou uma semana para conseguirmos, pois não havia leitos e meu pai ficava numa maca num dos corredores, vejo algumas cenas conflitantes. Pessoas com doenças gravíssimas lutando desesperadamente pela vida contra pessoas que tentaram suicídio e por algum motivo não conseguiram o que queriam. A felicidade de um pai que pega seu filho nos braços pela primeira vez contra a tristeza de um filho que abraça sua mãe pela última vez.

Vejo aquelas pessoas doentes e sozinhas na hora da visita. Percebo suas tristezas ao se darem conta de que ninguém virá vê-los. E tento imaginar o porque dessa situação: Será que nenhum parente pôde visita-lo? Será que foi uma pessoa tão ruim que afastou todos a sua volta? Será que não tem família?

Uma coisa da qual pude confirmar com toda certeza é de que eu, certamente, não nasci para trabalhar com enfermagem. Admiro muito esses profissionais. Como diz uma amiga minha “Você não pode se envolver com o paciente”. Mas como eu vou fazer isso? Como não vou me envolver com um rostinho triste de uma criança doentinha? Como não vou me envolver com um senhor agonizando em seus últimos dias de vida? Como não vou me horrorizar com uma pessoa que sofreu um terrível acidente? Tudo bem, você pode argumentar dizendo que isso é uma questão de tempo, mas eu tenho minhas dúvidas se me acostumaria com essa realidade.
Ás vezes me pego na petulância de queixar-me de cansaço, de fome, de estar numa cadeira desconfortável. Mas olho aos lados e vejo o quão egoísta estou sendo. Vejo o valor da minha saúde, pois o resto a gente conquista.

Reconheço que este texto ficou um tanto melancólico, sentimentalizado demais. Mas acho que estou sentindo isso nesse momento.

Cada dia naquele hospital é uma batalha para mim. Mas pelo meu pai eu a encaro de frente.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A LISTA DA BOTA


Assisti neste final de semana o filme “Antes de Partir” (The Bucket List), com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Lindo filme, muito bom mesmo. Conta a história de dois homens com câncer em estágio terminal que ficam amigos no hospital e fazem uma lista de coisas que querem fazer antes de morrer. (Lista de coisas para fazer antes de morrer, de bater as botas, sacou ??)

Li algumas críticas sobre o filme. Acusam-no de não ser uma história original, de usar muitos clichês e sobre os atores representarem sempre os mesmos estilos de personagens. Quer saber? Acho isso uma bobagem! Quem disse que um filme tem de ser original para ser bom ? Que mal tem vermos Jack Nicholson e Freemam interpretando papéis que sabem tão bem? Quais filmes não tem um clichêzinho??? Que se dane, eu gostei do filme!

Mas não é sobre isso que eu quero falar, mas sobre a idéia do filme, a tal LISTA! Uma lista de coisas a se fazer nada mais é do que estabelecer metas para nossa vida, e já falei aqui em outros textos da importância de termos metas, objetivos nessa nossa curta existência.

Fazer uma lista de coisas que queremos é priorizar objetivos em nossa vida. E como diz o poeta “Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas não faz mais do que existir”. Quando traçamos uma meta e a atingimos, ou mesmo tentando alcançá-la, estamos vivendo, buscando a vida. Faça você também uma lista. Ou melhor, faça duas: Uma de metas para sua vida, tais como sucesso profissional, faculdade, bens materiais... e outra de prazeres, de coisas que lhe fazem feliz: Uma viagem, uma aventura, um sonho, o que você quiser, mas faça uma lista de coisas que são importantes para você. E lute para realizá-los, faça sua vida valer a pena, não a deixe cair na monotonia, busque alegrias e prazeres, mas sempre com responsabilidade, é claro. Isso vai lhe fazer um bem danado! Valorize o milagre que é estar vivo.

Não dê bola se rirem da sua lista ou te falarem que é impossível. “Dizer impossível é estar ao lado de quem não luta!” Se sua lista da bota tiver sonhos grandes, imponentes, corra atrás, lute para realizá-lo! Só você pode se impor limites. Uma parte muito boa do filme é quando o personagem de Nicholson põe na lista “Beijar a mulher mais bonita do mundo”, Freeman ri dele, pergunta como vai realizar aquilo, e ele responde que não sabe, mas que vai realizá-lo, vai beijá-la.

A única coisa que discordo do filme é que a lista tem o ponto de vista americano, ou seja, extremamente consumista. Dá a entender que se você não tiver grana, e muita, não conseguirá realizar uma lista de desejos. Discordo completamente. Claro que conhecer lugares como as Pirâmides, o Taj Mahal é um sonho, mas podemos colocar na nossa lista sonhos mais modestos, mais em conta, mas não menos valorosos sentimentalmente.


Eu já fiz a minha, e você, já fez a sua lista da bota ? O que colocou nela??

sexta-feira, 4 de abril de 2008

VAMOS CELEBRAR A ESTUPIDEZ HUMANA




Quando parece que nossa perplexidade chegou ao limite, novos fatos nos estarrecem.
Depois de vermos a trágica história do menino João Hélio (este o nome correto?) arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro, parecia que nada mais nos chocaria. Ledo engano.

Assistimos essa semana ao caso da garotinha atirada do apartamento em São Paulo. Talvez não seja uma história tão chocante quanto a de João, mas não menos revoltante. Não se sabe se foi ou não o pai e a madrasta da criança os assassinos, mas tudo nos leva a crer nisso, pois sua história parece um tanto fantasiosa, e algumas contradições já começam a surgir. Repito: Não estou dizendo que eles são os assassinos, só que, até o momento, os fatos levam a acreditar fortemente nessa possibilidade.

Mas não quero falar sobre mais essa tragédia nesse texto, mas na alarmante quantidade de notícias chocantes que vemos cada vez mais seguidas! Um dia vemos uma garota menor de idade presa com vários homens numa cela de cadeia, mães jogando filhos em rios, lixos. Essa semana foi preso um rapaz de Novo Hamburgo de 16 anos que confessou doze mortes, doze!!! Não quero entrar na questão se foi ele ou seus parceiros que cometeram esses crimes, mas mata-se pessoas como se isso fosse uma coisa normal!

Com essa freqüência de notícias estarrecedoras, vai desenvolvendo-se uma banalização da vida humana. Quando lemos que morreram X pessoas numa vila, ou num acidente, ou em qualquer coisa, parecemos não nos impressionar tanto, pois vemos isso quase que diariamente. Essa avalanche de tragédias, assassinatos vai endurecendo nossos corações, não nos chocamos mais, parecem ser apenas notícias corriqueiras. Ficamos abalados com dramas como esse, mas amanhã surge outro, e mais outro, e vamos nos acostumando passivamente a tudo.

Imagine como está se sentindo a mãe e a família dessa garotinha?? Como explicar para os outros filhos do Alexandre (pai da menina) que seus pais estão presos por serem acusados de matar sua irmã?? Como estão se sentindo todas as famílias de pessoas assassinadas, ou mortas por acidentes provocados por bebidas, imprudências. Eu já tive uma experiência parecida, e sei que a vida das pessoas muda radicalmente, leva-se anos até se reestruturar a vida novamente, e nem o governo nem ninguém se manifesta para tentar mudar essas tragédias que vemos diariamente.

Qual o motivo disso tudo?? As leis muito brandas no Brasil? A impunidade? Ou será que é o próprio ser humano que está cada vez mais doente?? Pais matando filhos, filhos matando pais, assassinos matando pessoas a granel, bêbados loucos na direção... onde vamos parar?

Como diria a canção:
“Vamos celebrar a estupidez humana”.

terça-feira, 25 de março de 2008

O PRIMEIRO PASSO

Leio o Blog do David Coimbra (muito bom, aliás, vale conferir. Não sei o link, mas entra na zerohora.com que você acha !). Num de seus textos ele responde a pergunta de leitores, e uma dessas perguntas é: “David, como organiza as idéias enquanto escreve? É tudo uma questão de inspiração? Fala um pouco sobre esse processo.” Ao que ele responde:

“Eu sento e escrevo. Se for esperar pela inspiração, o Bernardo vai ficar sem o leitinho de soja dele.”

Perfeita sua resposta.

Explico, pois eu mesmo sou um exemplo. Fazia tempo que eu pensava em criar um blog. Mas eu sentava na frente do pc e esperava pela dita inspiração. E nada. Nada mesmo. Então, adiava o “nascimento” do blog. E meus amigos me perguntando: “ E aí, quando vais começar o blog?” “Quando me inspirar!”, respondia. Mas ela nunca vinha.

Mas aí resolvi adotar um conselho que sempre dou. “Vai lá, dá o PRIMEIRO PASSO, senão tu nunca vai sair do lugar”. E assim sentei e comecei a escrever. Bom, talvez aquela inspiração mágica, poética ainda não tenha vindo, e até talvez nunca virá, mas pelo menos inspirações para assuntos a abordar no blog vieram, e tantos que até criei um outro blog, e até penso em criar mais um ainda.

Mas o que quero dizer é que não adianta você esperar vir uma luz do além e te iluminar para você começar a fazer alguma coisa. Se queres escrever, senta e começa a escrever que daqui há pouco surge um assunto, uma história, alguma coisa. Tenho um amigo que sempre lamenta que quer começar a estudar, mas tem algumas dívidas e não consegue. Mas o problema é que quando acabam aquelas dívidas, ele vai lá e faz outras, e outras, e assim elas nunca acabam. Falo pra ele: Cara, encara, te endivida mais um pouco, mas dá o PRIMEIRO PASSO! Começa a estudar, que aí tu vai te obrigar a controlar teus gastos.

Quando queremos algo de verdade, temos de dar o primeiro passo. Não adianta ficar inventando desculpas, motivos para adiarmos nossos sonhos. Se a situação não está favorável, azar, segue em frente que as coisas vão se ajeitando no caminho. Mas claro, sempre com inteligência, não vá se atolar em dívidas!

Mas o que quero dizer é isso: Para as coisas acontecerem, dê o PRIMEIRO PASSO! Não espere a inspiração chegar em você, ou sua situação financeira melhorar de uma hora para a outra, ou aquela gata que você é apaixonado vir se declarar para você, ou aquele emprego maravilhoso se oferecer de repente. Siga, vá em frente, faça as coisas acontecerem. Não seja um ser passivo, seja um agente da vida! Não espere as coisas acontecerem, mas faça acontecer! Dê O PRIMEIRO PASSO!

segunda-feira, 24 de março de 2008

O VELHO RUBINHO


Semana passada na abertura da Fórmula Um aconteceram algums atrapalhadas que só poderiam ter acontecido com o Rubinho mesmo.


Ok, tudo bem, pode ser que a equipe tenha falhado, e falhou memso ao mandá-lo para o pit-stop e liberá-lo antes de terminar de abastecer, mas ao sair dos boxes com a luz vermelha foi erro seu.


Sim, confesso que não gosto mesmo do Rubinho. Deixei de gostar de F-1 por causa dele. Fiquei com vergonha de ser brasileiro naquela corrida que ele deixou o Schummacher passá-lo a alguns metros do final da corrida. Até o "mala" do Galvão Bueno ficou constrangido daquele pastelão.


Muitos vão argumentar que se trata de estratégia de equipe, de que ele é um funcionário e tem que obedecer o que a equipe manda. Mas para mim não há justificativa para aquela marmelada. O Alemão não iria perder o campeonato por causa daqueles míseros dois pontos. Ele não deveria ter baixado a cabeça pra equipe, o que poderia ter acontecido com ele, ser demitido? Ele não acabou saindo da equipe mesmo?? Então, por que se submeter aquela cena e passar por um papel ridículo???


Pra mim Rubinho sempre vai ser lembrado como um piloto medíocre e protagonista de uma das cenas mais vergonhosas do esporte.

quinta-feira, 13 de março de 2008

OS EMPREGOS QUE PAGAM NOSSOS ALUGUÉIS ( E NOSSAS FACULDADES ) !




Dias atrás assisti ao filme “O diabo veste Prada”. Muito bom o filme, aliás. Ele começa meio lento, e quando parece que vai ser apenas mais um filme chato, arrastado, a trama começa a evoluir, desenvolvendo-se num ritmo interessante, até fazer você ficar vidrado na história.

E tem uma cena que me chamou muito a atenção. Está a personagem principal, seu namorado e seus amigos em um barzinho. A protagonista reclama de seu emprego, da sua chefe, do seu desgosto por um trabalho que não lhe faz feliz, e todos os seus amigos começam a falar sobre seus empregos, e todos estão infelizes neles, pois não é o emprego que sempre sonharam, que não fazem o que gostam, que não foi o que escolheram para suas vidas. Até que de repente um deles fala que, apesar de não ser o que eles gostam, pelo menos é o emprego que paga seus aluguéis, enquanto não conseguem trabalhar nos empregos que desejam. E resolvem fazer um brinde AOS EMPREGOS QUE PAGAM NOSSOS ALUGUÉIS!

Ótima sacada. Fantástico! Eu também me encaixo na turma dos que não trabalham no que gostam, e muitos dos meus amigos também não ( para não dizer quase todos ). Mas e aí, o que fazer? Lamentar-se? Jamais!

Nunca pensei em trabalhar numa indústria de alimentos, de proteína de soja. Mas fazer o quê? Os meandros da vida me levaram para esse caminho. Não é nem de longe o melhor emprego do mundo, mas ao menos é o emprego que me mantém numa faculdade, que, apesar de eu não receber aquilo que acredito que mereça (nunca recebemos) é o ofício que mantém vivo o meu sonho de ser jornalista.

Sempre digo aos meus amigos quando reclamam comigo do seus trabalhos que isso deve ser uma motivação. Não gostas do que fazes? Usa isso para se mexer, estudar, correr atrás de uma coisa que você goste, senão você vai ficar a vida inteira nesse emprego maçante, reclamando de tudo e se lamentando pela falta de sorte que teve na sua vida. Não sei se vou vencer, se vou chegar ao final da corrida, mas ao menos entrei na disputa, tentei, arrisquei. Tente, arrisque você também. Se seu trabalho não permite que você tenha tempo, tenha grana para buscar seus ideais, troque de serviço, tente outro. Vamos trabalhar em dezenas e dezenas de lugares até conseguirmos o que sonhamos. E, se depois de conseguir aquele emprego que sempre desejou, mas notar que não é isso que você quer, comece tudo de novo, tente outra vez. A vida sempre nos dá uma oportunidade de recomeçar. Mas faça isso com sabedoria, não abandone tudo na primeira dificuldade, nos primeiros problemas. Amadureça suas idéias primeiro.

Então, amigo, quando fores reclamar do seu emprego pense nisso. Batalhe por uma vida melhor, corra atrás do seu emprego dos sonhos, mas enquanto isso não acontece, vamos brindar os empregos que pagam nossos aluguéis, e nossa faculdade, nosso cursinho...

UM BRINDE!

COMENTANDO COMENTÁRIOS

Ótima frase da minha querida amiga Ju. Então, parafraseando-a, quero comentar os comentários!

Agradeço a todos que deixam comentários, que participam do debate, que se dão ao trabalho de postar um comentário. Como já disse, pra mim o pior dos defeitos é não ter opinião. Cada um tem a sua, e deve expor sempre qua achar conveniente. E aqui sempre é bem vindo!

Não quero que todos concordem comigo, mas pelo contrário. Quero saber as opiniões de todos, os seus pontos de vista. Quem sabe vendo de um ângulo diferente eu não pense de outra maneira, ou vice versa.

Bom, o que quero dizer é que fico muito feliz com os comentários, independente da posição. E peço que continuem sempre comentando, ok? Não xingando a mãe, vale tudo !!!

Obrigado.

Ah, e já ia esquecendo: Como muitos me sugeriram, pretendo atualizar esse blog umas duas vezes por semana, porque se atualizar mais nem todos conseguem tempo para ler os textos, e o de contos quero atualizar uma vez por semana. Mas isso é teoria, a prática sempre é diferente...

terça-feira, 11 de março de 2008

SOBRE O CAZUZA




Recebo pela vigésima vez um e-mail de um texto de uma psicóloga criticando o filme do Cazuza. Também não gostei do filme. Assim como foi em “The Doors”, que fala da vida de Jim Morrison, todos os filmes que contam a vida de grandes artistas ( ou a grande maioria pelo menos ), sempre se baseiam nos “defeitos” das pessoas. Certamente dá mais audiência. Mas aí eu lhes pergunto: O que eu quero saber da vida pessoal dele? Se ele fumava, cheirava, transava com homens ou com mulheres, o que eu tenho a ver com isso? O que me interessa é sua arte, sua música, sua poesia! Mesmo sabendo que certamente o filme não abordaria esse lado, ainda o assisti na esperança de ver um pouco do seu lado artístico, o que, claro, me decepcionou! O filme fala somente das suas bebedeiras, suas transas, seu vícios. A única coisa que se salvou no filme, na minha opinião, foi a parte final do filme, com ele já doente no hospital e fazendo seu último show, além da grande atuação do Daniel de Oliveira, que interpretou magistralmente o grande Cazuza.

Mas daí a psicóloga Karla Christine sair chamando-o de marginal, de traficante já é demais. Ela chega ao disparate de compará-lo a Fernandinho Beira-Mar ! Volto a repetir: O que me interessa é sua arte, sua poesia. A vida pessoal dele só diz respeito a ele e sua família, só sua música importa ao público geral. Temos que parar com essa mania tola de ficar julgando as pessoas, comparando-as. Quantas canções Beira-Mar já compôs? Quantos poemas ele já cantou? Quantas vezes ele já levou através da arte um protesto, ou levou alguém a raciocinar sobre algum tema?

Outra coisa que me deixa revoltado é, como diz a psicóloga: Que exemplos os pais do Cazuza passa aos pais? E que exemplo o cantor passa a essa juventude transviada ? Porque temos que ter exemplo nos outros? Todo mundo tem defeitos, ninguém tem que ser exemplo pra ninguém. Tu tem que ser exemplo pro seu filho, pros seus familiares, não pros outros. E essa juventude transviada, como ela se refere aos jovens, que exemplo tem dele? Garanto que tem muitos exemplos, mas exemplos de suas obras, das mensagens que passava através de suas músicas, suas letras. É estúpido acreditar que algum jovem vai começar a se drogar, a transar com outras pessoas só porque viu o cara do filme fazendo. Vamos deixar de ser hipócritas.

Mas, para finalizar, vou usar trechos do próprio Cazuza, que se estivesse vivo, estaria rindo da cara dessa psicóloga:

Descerebrem-se, celebrem
Eu tô aqui pra animar
Cagüetem-se, solidários
Antes do interrogatório
Engrandeçam a mentira
Dêem sentido à vidaTenham fé, tenham medo
Ou usem anestesias
Uniformes, fantasias
Vejam que liquidação!

E para terminar, vamos usar a oração que o próprio Cazuza rezava:
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem.